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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Infinito Silêncio - Rogério Constante



Olá,
No dia 20 de Outubro de 2012, durante as atividades do M.F.C o professor Raul Costa d'Avila fez, um ensaio comentado sobre a peça que estrearia em Novembro de 2012 do compositor Rogério Constante.

Infinito silêncio (Rogério Constante): http://www.youtube.com/watch?v=hod8vcSr3eY

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Abaixo segue o texto publicado no youtube:

Composição para flauta transversal e sons eletrônicos, de Rogério Tavares Constante. Teve sua estréia em 22 de Novembro de 2012, durante o 1º FESTIVAL LATINO-AMERICANO DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA DE PELOTAS. A peça, dedicada a Raul Costa d'Avila, tem o título de uma poesia de Ferreira Gullar**. 

A preparação para a realização da performance envolveu um processo de criação colaborativo entre o compositor e o intérprete, ambos integrantes do Núcleo de Música Contemporânea (NuMC) da UFPel.

Em função de problemas detectados ao longo do processo colaborativo, tais como: grande número de páginas da partitura; necessidade de uma visualização conjunta das partes da flauta e eletrônica; estabelecimento de sincronia com a parte pré-gravada; prejuízos performáticos que a distribuição da partitura em diversas estantes acarretaria, foi criado desenvolvido pelo compositor uma interface eletrônica para visualização da partitura. 

A interface eletrônica foi realizada em um software de edição de vídeo, sincronizada ao áudio da parte eletrônica e visualizada em um monitor de vídeo. Como resultado, além de solucionar os problemas acima mencionados, com a mudança automática das páginas e com indicações visuais nos pontos de sincronia, viabilizou-se uma performance sem iluminação outra que a do próprio monitor, valorizando a ambientação cênica.

Boca de Madeira (Uranday): Julio Hernandez (Argentina)

** INFINITO SILÊNCIO
(Ferreira Gullar)

Houve
(há)
um enorme silencio
anterior ao nascimento das estrelas

antes da luz

a matéria da matéria

de onde tudo vem incessante e onde
tudo se apaga
eternamente

esse silencio
grita sob a nossa vida
e de ponta a ponta
a atravessa
estridente.

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Um forte abraço,
Del Lima Jr.

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